Estava ali inerte.
Sentia-se em um cárcere, agonizado por não encontrar uma saída. Outros tantos junto a ele, também não suportavam tal martírio.
Começara a orar, todavia seu único pedido não fora atendido. Então ele permanecera ali por horas e a raiva já tomara-lhe conta.
No momento em que olhara, o relógio marcara 7:07, de uma noite que parecia não ter fim. E literalmente não teria. Pois o destino escolhera tal dia para começar sua devastação.
As horas tornaram-se dias, e a massa humana aglomerara-se cada vez mais.
Os dias tornaram-se semanas, e a essa altura alguns já haviam ficado pelo caminho, por um caminho onde não era possível transitar.
Os dias tornaram-se meses, e estes precederam a extinção, pois todos que ali restavam, já não viam uma solução, entretanto a culpa fora destes próprios.
Os meses tornaram-se a eternidade, e já não havia mais ninguém.
E o homem tornara-se obsoleto.
7:07
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