Entrelaçavam-se os braços anunciando um fim.
O outono chegara e trouxera consigo a dor da partida. Sua fortaleza encontrava-se em ruínas, o amor perdurara até aquele infame momento.
Os braços entrelaçados fortemente, que compunham um abraço, deixaram-se por um instante e deram lugar a olhares cheios de lágrimas. As palavras nunca foram e nunca serão capazes de serem proferidas nos momentos em que só o coração consegue falar.
Todas as preces por uma abdicação sua foram em vão, e ele se sente aos pedaços, sem seu refúgio.
Desde aquela despedida, desde aquele outono, a vida dele tornara-se um tormento, e intercala as passagens, ora depara-se com a morte, ora com a solidão, ambas na obscuriedade de sua mente.
E na parede do quarto onde se isolara, arranhara com as unhas os seguintes manuscritos:
"Sinto falta do meu lugar e do conforto de seus braços".
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