quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O homem e a solidão.

E assim ele carrega seu fardo, composto pelo ódio e o desdém que conduziram a ele.
Agora volta seus olhos ao mundo, jurando vingança à aqueles que o deserdaram.

Desmembrou-se da vida e fora a batalha, contra um exército numeroso que o farpeia covardemente.
Leva adiante; à frente da vista dos olhos toda a atenção de quem vive só. Vive só, na escuridão, pois fora onde conseguiste se redescobrir.
Peregrina nesta longa romaria, alheio à tudo o que acontece acerca de si. A percepção o faz abrir os olhos, e recebe o inimigo em território próprio.
Pois sua divindade o faz forte e ele carrega sua cruz, como há de ser.
Só ele sabe o quão afável é a solidão, que abraça-o como o filho prodígio.

Então, abre os braços e invoca todo poder que lhe é concebido.
Intrépido parte a mais uma batalha, contra os indigentes de alma, que incrédulos são derrotados.

Permanecem o homem e a solidão.

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